Loving Maradona
Quem é Maradona afinal? Um jogador de outro planeta numa era pré-galáticos? O herói do México 86 com a famosa mão de Deus e jogadas mirabolantes? O ídolo de Nápoles ( conquista a Taça UEFA e consegue 2 títulos italianos, feitos até ai inéditos no clube) ? O melhor jogador de sempre? Ou será antes o ex-jogador vicíado em cocaína, gordo, quezilento e resmungão que se tornou amigo de um ditador fashion, inimigo de Pélé e apresentador de TV na Argentina?
Diego Armando Maradona, El Pibe de Oro, é sinónimo de paixão, delírio e fanatismo. Viveu a glória e a desgraça. Tornou-se um verdadeiro símbolo global. Um ícon pop do século XX que aparece nas nossas caixas de email a snifar linhas de um campo de futebol ou estampado em t-shirts azuis celestes com a inscrição "God Save The King", com a mesma facilidade com que surge nos noticiários dos telejornais a disparar tiros de caçadeira contra jornalistas.
"Loving Maradona" ou " Amando Armando Maradona"(título original) estreou no início do mês na Argentina. É o primeiro filme sobre a vida do craque das Pampas. ( Emir Kusturica e Dino Risi preparam obras sobre o argentino). Realizado por Javier Vásquez, um publicitário de 36 anos, esta co-produção argentino-neozelandesa, retrata a vida do astro através das pessoas que o gravaram a fogo no seu coração. Poético!
A julgar pelo cartaz promocional e pela canção entoada pela plateia no final da ante-estreia na Argentina ( "Brasileno, brasileno/ qué amargado se te ve/ Maradona és más grande, más grande que Péle"), a coisa promete!