homemquintafeira

Blogue da autoria de Manuel Leite da Costa

Thursday, February 23, 2006

Clap Your Hands Say Yeah



Clap Your Hands Say Yeah são o som do momento. Fruto de um crescimento feito essencialmente junto da comunidade blogger, a banda norte-americana tornou-se um verdadeiro fenómeno musical. O rol de concertos marcados por essa Europa fora e pelos EUA, alguns mesmo já “sold out”, confirmam as expectativas do álbum de estreia lançado em finais de Janeiro, com selo próprio, pela banda de Alec Ounsworth, Lee Sargent, Robbie Guertin, Tyler Sargent, e Sean Greenhalgh.

Vencedores dos PLUG Independent Music Awards na categoria “New Artist of the year”, os Clap Your Hands Say Yeah tentam convencer o mundo que os seus dotes musicais são a base da atenção que hoje têm. Mais do que um nome engraçado ou uma coqueluche web, eles são uma banda pop/rock com músicas e letras dignas de serem ouvidas e apreciadas em som robusto. “You look like David Bowie But you've nothing new to show me” - in Over and Over Again (Lost and Found) ou “Now that everybody's here Could we please have your attention?” (in Upon this Tidal Wave of Young Blood ). Façamos a vontade aos moços….

http://clapyourhandssayyeah.com

Thursday, February 16, 2006

Portugal Deluxe


Pedro Rapoula, artista plástico sub30 (1977), volta a surpreender em nova exposição individual. 17 peças de escultura construídas à base de um dos nossos símbolos tradicionais mais marcantes.

Para aguçar o apetite, os títulos das esculturas, mais uma vez magistralmente escolhidos ( "Portugal Punk", "Nação Valente", "De bons intenções...Está o inferno cheio", "Esplendor de Portugal",etc).

Longe das caixas tridimensionais de madeira pintadas com iconografia religiosa, militar e política, a ironia e o senso de humor mantém-se neste novo conjunto de peças que representam uma evolução clara da sua breve mas promissora carreira. Longe no estilo de "Lady in Red"(2001), onde uma imagem de Nossa Senhora ocupava o lugar central de uma caixa encarnada forrada com a bandeira soviética, mas perto no conceito provocativo. 17 pedaços de Arte lúdica acima de tudo!

A exposição está patente na Galeria Álvaro Roquette – Objectos de Arte Rua do Monte Olivete, 34A e B, Lisboa (Príncipe Real junto à Escola Politécnica) de 10 de Fevereiro a 4 de Março( Seg a Sex: 15H-19H; Sábado: 11H-13H). No próximo sábado, a TVI emite uma entrevista a Pedro Rapoula.

Sei que sou suspeito porque amigo, mas vale mesmo a pena ir!

PS: Agradecimento sincero a PPM pela gentileza de publicar o post do HomemQuintaFeira em http://www.revista-atlantico.blogspot.com/

Thursday, February 09, 2006

DoDo


Entre 1598 e 1681, exitiu nas ilhas Maurícias uma ave gorducha ( 20/23Kg), mentalmente limitada, demasiado amigável e com fraca capacidade de vôo, o DoDo. O animal estava habituado a viver isolado até chegarem à ilha uns navegadores portugueses propensos a churrascos. Como o bicho se sentia sozinho e queria fazer amigos, meteu-se com os cozinheiros e acabou como pitéu. Em 80 anos, os nossos antepassados extinguiram a espécie. Comendo-a ou deixando cães e outros animais que levaram para ilha em convivência directa com a ave.

1995 é o ano de lançamento da marca Parla con DoDo. Uma linha de jóias compostas por 1 grama de ouro apenas, da autoria da ourivesaria italiana Pomellato. Conjugação inteligente de marketing, inovação e design, desde cedo se assumiu "amiga do ambiente" e se tornou porta-voz da WWF Itália, ganhando logo ali a quota de mercado mais green. Associou-se à selecção italiana de equitação (DoDo Team) para conquistar os desportistas e deu nome à série limitada do modelo Y da Lancia, o Y DoDo para chegar aos apaixonados dos motores. Aos poucos alcançou o estatuto de artigo de colecção imprescindível a qualquer fashion victim que se preze. Frases como "Baciami sono il tuo principe", " Innamorato pazzo" ou “Amore, non correre” fizeram do DoDo um autêntico mensageiro de afectos.

Hoje a Parla con DoDo está nas melhores joalharias do mundo e é conhecida como uma marca italiana de sucesso. E o que tem Itália a ver com o bicho? Nada. Sendo um país mais de Totto (diminutivo de Salvatore) do que de DoDo deixaram-nos a fama de exterminadores e ficam com o proveito associado à marca. http://www.parlacondodo.it/

Se forem às Maurícias e se identificarem como portugueses, não se adimirem com a resposta pronta e o olhar dilacerado : " You Ate All Our DoDos!"

Thursday, February 02, 2006

Efeito Janeiro


31 de Janeiro é dia santo para os crentes dos mercados bolsistas. Haverá efeito Janeiro?Muitos analistas acreditam que um bom primeiro mês de Bolsa significa um comportamento positivo do mercado no final do ano. Nos últimos 10 anos, o PSI 20 fechou por 8 vezes a subir em Janeiro e só por uma vez, nesses 8 períodos, não acabou o ano a subir ( 2000). Será que 2006 segue a tendência?

31 de Janeiro é data de publicação do 11º número da revista Atlântico. O primeiro número sob a égide de novos proprietários e direcção (Paulo Pinto Mascaranhas). Na sua génese, a revista não muda. Mantém o conselho editorial e procura continuar o trabalho até aqui feito pelo antigo proprietário (Fórum para a Competitividade) e pela antiga Directora ( Helena Matos), cujo mérito de lançar no mercado português uma revista de ideias e opinião com esta qualidade deve ser desde já reconhecido e louvado.

O número fresco que tenho em mãos tem Vasco Rato ( "O Irão Nuclear e as Cenouras Europeias"), Pedro Lomba ("Homens Sem Classe"), Luciano Amaral ( " A Confiança"), João Marques de Almeida ( " O Momento Liberal"), Rui Ramos ( " A Esquerda Já Não Mora Lá"), João Pereira Coutinho (" Speakeasy - Sobre Reis e Raínhas, Criminosos e Culpados, Filhos e Enteados"), Henrique Raposo ( " O Junkie da Fotocópia"), Henrique Burnay correspondente da terra da couve (Bruxelas), Rodrigo Moita de Deus (" Feijoada de Javali e Nacionalismos"), Manuel Falcão ("Libertem a Televisão"), Constança Cunha e Sá ( "Nem de Propósito"), entre muitos outros que merecem ser lidos.

Para quem não conhece a revista, o melhor é comprar. Para quem já conhece, fica a certeza. Este nº 11 são 64 páginas devoráveis em qualquer local com textos absolutamente imperdíveis e ilustrações deliciosas. ( http://www.revista-atlantico.com/)

Aquilo que defendemos: Talento e mérito. Contra os paternalismos e a mediocracia. Liberalismo. A iniciativa privada não é apenas um requisito para a prosperidade mas também um pilar da liberdade e da democracia Aliança Atlântica. A aliança entre europeus e norte-americanos foi e é o garante da nossa liberdade e segurança. Não ao clientelismo que transforma os cidadãos em funcionários, malbarata os recursos e compromete a reforma do Estado. Têmpera. Carácter.Identidade. Dos homens e dos Estados. Inconformismo. Contra a cultura dominante e o politicamente correcto. Confronto. Porque a mediocridade é filha dos unanimismos cultivamos não apenas o debate mas também as rupturas. Ocidente. Porque a civilização ocidental é aquela que maior prosperidade, direitos e liberdades conseguiu assegurar a um maior número de cidadãos. Porque o Ocidente é o nosso mundo. Atlântico

Ps: A revista custa 3€. O PSI 20 subiu 1,8% em Janeiro de 2006.Por este andar estou certo que haverá efeito Janeiro para a publicação em 2006...